quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cicatrizes nas batalhas


Um soldado depois de concluído seu tempo de campo de batalha, se orgulha das marcas que ficaram em seu corpo, ainda que tenha perdido algum membro. Uma cicatriz o torna herói do seu tempo. 
 Mas em guerra não conseguimos nos alegrar. Não conseguimos entender que aquela dor alucinante pode nos trazer algum regozijo. Muitos não conseguem entender o motivo de uma situação antiga porque passaram mais tempo indagando o porque, do que tentando entender o PRA QUE. Precisamos deixar de acreditar que o "tudo coopera para o nosso bem" só se aplicará até nosso suposto limite. Lembre-se: Em meio a guerra, pessoas te observam. Nos momentos de dor alguem se sentirá influenciado a te imitar, cabe a nós tomarmos a postura correta. Sua posição quando o mal sobrevêm, mostra o quanto voce aprenderá. E em breve, olharemos para a cicatriz e diremos: Sei passar pelos momentos de perdas e pelos momentos de ganhos. Tudo posso naquEle que me fortalece. 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Altar conhecido a um Deus desconhecido.


Porque as pessoas tendem a assumir que não são religiosas? Como se religiosidade
fosse uma doença de louco - o que não discordo por completo. Mas a religiosidade esta dentro das Igrejas de uma forma mais intensa do que ousamos acreditar ou imaginar. É valido ressaltar que quando falo aqui sobre religiosidade, falo sobre o ato de servir mais a doutrina imposta pela Igreja do que servir a Deus. Infelizmente medimos a intimidade que uma pessoa tem com Deus através da sua atuação dentro do templo. Há um tempo li: Então Paulo levantou-se na reunião do Areópago e disse: "Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos,
pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio.Atos 17:22-23

Esse trecho me incomodou muito, eu não queria oferecer sacrifícios em um altar sem conhecer ao meu Deus. Ao Deus a quem estava oferecendo tudo. Será realmente que você não esta se deixando levar pelo que parece certo? Nem tudo que parece certo é o que Deus quer. A religiosidade te leva a fazer mais coisas que todos na sua igreja, e conhecer a Deus menos do que o mais novo convertido. Existem pessoas que não conseguem entender que não adianta estar no altar sem ter um altar. E quando temos esse altar interno passamos a ser dependentes e íntimos de Deus. O altar físico se torna conseqüência do altar espiritual. Um dia, em uma ministração, uma das pastoras da Igreja nos afirmou que é mais valido deixar a igreja entrar em nós, do que simplesmente entrarmos em uma. A conversão é de dentro pra fora, e não de fora pra dentro.
 Por onde ando?
É necessário andar no Espírito. O próprio Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade. Isso faz o nosso eu ser desfragmentado. Andar no Espírito é o oposto de andar na carne, e a nossa carne é completamente sedutora. Qual a conexão que uma coisa tem com a outra? TODA. Quem não anda no Espírito não conhece o Deus a quem diz servir, e desconhece Seus propósitos. Isso quer dizer que grande parte do que muita gente faz não é guiado por Deus. Entregamos nossa vida a Ele por parcelas. Um dia pegamos de volta a área sentimental, outro dia a área financeira, e assim vamos fazendo Deus de conselheiro, e não de Senhor das nossas vidas.
O próprio Caim ofertou algo ao Senhor sem se preocupar se Deus se agradaria de tal. 
Hoje já não há mais aquela antiga necessidade de perguntar a Deus se algo é da vontade dEle. Claro que algumas coisas e alguns cristãos escapam. Uma pessoa feliz me disse que hoje a Igreja não sofre mais a perseguição que sofria. As zombarias, o preconceito parece diminuir e vivemos como se essa paz que reinasse fosse resultado de orações. Se assim fosse, essas pessoas estariam hoje como irmãos na fé. Quando ouvi esse relato sobre a mudança que o mundo supostamente viveu, percebi que na verdade quem mudou foi a Igreja. O que não era tolerado hoje é aceito. Passamos de fanáticos para tolerantes. Vemos pessoas que eram tidas como espirituais demais, sucumbindo ao estresse que o mundo aplica, e simplesmente se tornando parecido com ele. Quando lemos sobre não nos amoldar aos padrões do mundo, pensamos imediatamente em tudo aquilo que fere a moral, ética comum do ser humano. O inimigo não é tão bobo ao deixar que os padrões do mundo que o Apóstolo Paulo citou sejam tão notáveis. O mundo te oferece uma fôrma, como um bolo que ainda cru vai se amoldando. Será possível essa massa ficar em um formato diferente? A lei da gravidade nos diz que não. Mas para Deus não existe não quando ele tenciona nos dar um SIM. Entende agora como é mais complexo não se amoldar? Os padrões estão em todo lugar, e hoje mesmo você e eu estamos vivendo-os. Estamos sim no mundo, mais não somos daqui. Essa frase nos leva a imaginarmo-nos extraterrestres. E de fato, era o que deveríamos apresentar. A diferença ficou esquecida. Alias a única diferença que muitos afirmam ter esta voltada a tal religiosidade. É o fato de ir a Igreja, de estar em um ministério, de ter varias atividades, como se nosso currículo para Deus fosse analisado da mesma forma que os currículos que entregamos quando buscamos emprego. Na vida secular você mostra o quanto já fez (experiências), na vida com Deus você mostra o quanto está disposto a fazer, e mais do que isso, o quanto você esta disposto a SER.

Um religioso vive em busca da perfeição, e normalmente tem uma alma ferida que busca se proteger das criticas com atos vazios. É um vaso lindo por fora e sujo por dentro. Esquecem que é necessário permitir que o Espírito Santo seja derramado para poder limpar o que ninguém ver. Ministros da dança, do louvor, pregadores, intercessores, são títulos que podem ser adquiridos facilmente, altares podem ser levantados a todo o momento. Mas não cometa o erro de não conhecer o Deus a quem você adora. Antes de erguer um altar conheça o Deus que vai receber o sacrifício. VIVA EM VERDADE, VIVA NO ESPIRITO.